13 de dez. de 2011

SINDICATO DOS PRODUTORES RURAIS DE IPIRÁ BAHIA BRASIL

Prezado Produtor (a)

Assumimos a direção do Sindicato dos Produtores Rurais de Ipirá (2011/2014) e, aqui, pretendemos relatar a razão de termos aceito esta função prestigiosa e arriscada.  Prestigiosa na medida do crédito conferido pela classe que nos acolhe como dirigentes, e arriscada na dimensão da responsabilidade de gerir uma instituição com muitos problemas a serem enfrentados e que esta, de certo modo, distanciada de seus associados. 
José Caetano Ricci de Araujo (Presidente) 
Genesito Cerilo Santiago (Secretário) 
Eraldo Campos de Souza (Tesoureiro)

   A razão para assumirmos esta responsabilidade é a convicção de que precisamos de organização e, para isto, é fundamental o sindicato. Precisamos do sindicato, porque o setor agropecuário em Ipirá não deve continuar às margens do processo de modernização que vem acontecendo em tantos municípios baianos. Não podemos seguir ignorando o enorme aparato tecnológico hoje existente, apropriado às condições ecológicas do semiárido e, em consequência, perdendo ano após ano as oportunidades econômicas de nossa atividade. Não podemos ficar eternamente sujeitos às flutuações de produção e renda desencadeadas por crises climáticas, vivendo à mercê do desempenho das chuvas e em permanente estado de emergência. Precisamos do sindicato porque a própria legislação agrária impõe avanços, indiscutivelmente necessários, com relação à produtividade e direitos sociais. E principalmente, precisamos do sindicato porque o desalento da atividade agropecuária, além de causar um enorme prejuízo econômico, esta provocando um sério prejuízo ambiental ao
Marco Antônio Silva Navarro (Suplente de Presidente)
Juracy Passos de Ataíde (Suplente de Secretário) 
Luciano de Oliveira Coelho (Suplente de Tesoureiro)
município. Sem capacidade de investir em tecnologias apropriadas estamos progressivamente esgotando nossos solos o que, no semiárido, conduz sempre à degradação generalizada do ambiente. 

É possível e necessário enfrentar estas e outras questões, mas, para isto, precisaremos de toda ajuda possível e, principalmente, de um sindicato que nos represente. A Presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), Kátia Abreu dimensionou perfeitamente esta nossa necessidade quando declarou: - Vamos socorrer os produtores rurais.  O Presidente da FAEB (Federação da Agricultura do Estado da Bahia), João Martins, também percebe a necessidade que os produtores baianos têm do sindicato e é responsável por programas como: SINDICATO FORTE, GERALEITE, MODERPEC, PALMA A PALMO, LEITE DE CABRA EM CONDOMÍNIO, EMPREENDEDOR RURAL, AÇÃO RURAL e DESPERTAR.

Julival Alves Soares 
Júlio Quintas Radel 
Francisco Oliveira Alves
(Conselho Fiscal)

Durante o processo de composição de nossa chapa procuramos reunir produtores respeitados pela classe e comprometidos com um projeto de recuperação deste sindicato. Nossa diretoria é formada por companheiros convencidos da urgente necessidade que temos do sistema sindical, com sua capacidade de organização, ação coletiva e captação de apoio público. Só através deste sistema teremos acesso a mercados e a inovações tecnológicas. O semiárido já dispõe tecnologia adequada do ponto de vista ambiental e econômico e através do sindicato será possível faze-la chegar ao produtor. Será possível, também, buscar conhecimentos que nos habilitem a compreender as implicações de nossa atividade no meio ambiente e a partir dai, evitar práticas que degradam, passando a produzir de forma sustentável. 
José Caetano Ricci de Araujo 
Aurino Soares de Mello Junior 
(Delegados Representantes)

     Produção sustentável é uma necessidade que se impõe em nossos dias. Sustentabilidade é palavra de ordem, é a chave capaz de reverter o processo de desertificação, grave preocupação das regiões semiáridas, e a única forma de continuar a produzir sem necessitar abrir novas fronteiras agrícolas.  Precisamos ter ciência, entretanto, que a preocupação ambiental é também e ao mesmo tempo uma preocupação econômica. Que não se faz sustentabilidade apenas com entusiasmo e boa vontade, mas com informações, investimentos de longo prazo, desenvolvimento, progresso, ampliação das riquezas materiais e geração de bem estar.  A questão ambiental passa necessariamente, portanto, pelo fortalecimento do setor produtivo.
Aurino Soares de Mello Junior 
Antoniel Batista e Silva 
Eujácio Leal Sampaio 
(Suplentes do Conselho Fiscal)

Sabemos que Ipirá tem um enorme potencial agropecuário, uma vastidão de solos férteis, um clima, cuja salubridade é destacada e produtores apaixonados pelo que fazem. Se a semiaridez não nos permite pensar em quantidade ou escala de produção, teremos de buscar a valorização dos nossos produtos com base no nosso diferencial que é a qualidade. Se Ipirá exporta seu solo como “adubo” para lavouras de cacau e laranja, o que dizer da carne, do leite, do couro e de tudo mais que produzimos aqui, a partir deste mesmo solo. Precisamos incorporar esta identidade territorial à nossa produção através da certificação de produtos por suas características de qualidade. Isto propiciará sua valorização e permitirá que sejamos recompensados dignamente pela enorme resistência que temos tido, por gerações, em continuar produzindo sob toda sorte de dificuldades.
 
Paulo Vinicius Simon Dantas
José da Silva Santos 
(Suplentes dos Delegados)
Não temos a ilusão de que seja possível resolver todos os problemas de nosso sindicato durante os três anos desta gestão. Estaremos recompensados se ao final deste período tivermos contribuído, ao menos, para aproximar o produtor do sindicato. Identificando-o como um espaço de integração, cooperação, alianças e parcerias entre todos que desejem abraçar a causa do produtor. Um espaço onde, deixando de fora questões pessoais, preferencias partidárias ou interesses "políticos", estaremos focados nas necessidades do setor. 

Alguém já disse que “a verdadeira viagem da descoberta consiste, não em procurar novas paisagens, mas em vê-las com outros olhos”. Faremos desta conhecida frase nosso lema, buscando enxergar não adversidades, mas as potencialidades do setor agropecuário de Ipirá, conclamando a todos que queiram colaborar com o propósito de transforma-las em realidade.

Ipirá, 23 de novembro de 2011.

SINDICATO DOS PRODUTORES RURAIS DE IPIRÁ
José Caetano Ricci de Araujo

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